terça-feira, 30 de novembro de 2010

O TRAFICO NEGREIRO


Tráfico negreiro

Neste expediente pretendemos demonstrar, de maneira sucinta, a "delicada" condição do transporte de escravos no "auge" do tráfico negreiro realizado principalmente pelos portugueses nos séculos XVI e XVII. Para tanto, contaremos com uma extraordinária participação de José Gonçalves Salvador, um estudioso dedicado ao assunto. Sua obra "Os Magnatas do Tráfico Negreiro" nos fornece a base para elaboração deste humilde trabalho.

Como era feita a divisão dos escravos dentro dos navios? Havia tratamento diferenciado para mulheres, homens e crianças, tratamento no sentido de lugares de acomodação?

Neste último dia 13 de maio de 2004 "celebra-se" a "data oficial" da abolição dos escravos, por meio da Lei Áurea, na ocasião, assinada pela Princesa Isabel. Infelizmente podemos afirmar que a escravidão continua presente em nossos dias, mesmo se tratando de século XXI.

Voltando ao nosso artigo, é interessante saber que muitas das embarcações que transportaram escravos advindos da Guiné (África), serviram, em ocasiões anteriores, para transportar produtos da Índia, pois não podemos deixar de lado a forte cobiça dos portugueses pelas riquezas das especiarias que havia naquela região. Esta situação revela duas informações: 1) a de que estes navios já não contava com um estado de conservação regular a ponto de oferecer a todos os tripulantes algum tipo de segurança durante as longas viagens; 2) a de que Portugal não reunia condições financeiras suficientes para empregar na aquisição de navios novos e mais bem equipados. Estas embarcações já haviam enfrentado longas viagens em busca em busca das riquezas indianas.

É inegável apontarmos os significativos avanços da ciência náutica proferido principalmente pelos portugueses. O autor menciona que este avanço remonta há tempos longínquos, passando pelo el - rei D. Dinis (1261 - 1325), depois com D. João II com o desenvolvimento das naus que se sobressaíram em comparação as embarcações da época, inclusive da utilizada por Vasco da Gama quando cruzara o Cabo da Boa Esperança.

O que percebemos também, é o ligeiro aumento na ousadia das embarcações, sempre com objetivo de aumentar em tamanho, consequentemente em capacidade de carga. D. João III foi o mais ousado com embarcações de até 800 toneladas. Por outro lado, estes avanço e esta coragem, revela um ponto negativo, pois devido ao aumento do tamanho dos navios vêm junto a dificuldade de controlá-los em curso, há também perda de velocidade, pois o peso aumenta consideravelmente.

Com os reis Felipes a ousadia continuou com a ambição de negócios cada vez mais lucrativos. As embarcações eram fabricadas com materiais questionáveis eram fabricadas com materiais de qualidade inferior, o mesmo ocorria com relação a manutenção destas embarcações. Após inúmeras viagens para realização do comércio com as Índias, estas mesmas embarcações serviriam para transportar escravos com destino ao Novo Mundo.

O cristão - novo Duarte Gomes Solis, uma pessoa experiente com tratos comerciais, além de um eximo viajante dá a sugestão de remodelar as construções náuticas, criticando os grandes navios dizendo que estas refletiam nada mais do que a enorme cobiça dos portugueses, com embarcações mau construídas, longe de atingir os objetivos lusos. No entanto, esta idéia ia de encontro aos interesses dos mercadores portugueses.

Em 1630 podemos observar embarcações com menor capacidade, alguns realmente aceitaram tal sugestão de Sois. Mas a crise marítima estava por se apresentar. Em 1640, sob governo de el - rei D. João IV o poderio naval português adentrava em profundo declínio, advindos, em grande parte, de naufrágios constantes.

Com a Companhia Geral do Comércio do Brasil a coroa portuguesa percebeu que precisava enviar escravos em grande quantidade ao Brasil. A solução era sobrecarregar os navios já em uso, que em sua grande maioria eram de baixa capacidade.

Padre Antônio Vieira sugere a compra de navios nas Províncias Unidas. Portugal não tinha recursos para este feito, entretanto, por meio de Nunes da Costa efetuou-se parte de uma encomenda de novos navios. Em 15 de março de 1648 um alvará foi elaborado para ordenar a compra de navios somente com a capacidade mínima de 350.

SERVO E ESCRAVO

Os servos não eram escravos: eles cultivavam um um pedaço de terra cedido pelo senhor, sendo obrigados a pagar a ele impostos, rendas, e ainda a trabalhar as terras que o senhor conservava para si. O servo tinha o usufruto da terra, ou seja, uma grande parte do que a terra produzia era para ele. Assim, trabalhava uma parte do tempo para si e outra para o senhor. Outra diferença importante é que o senhor de escravos era o dono do escravo, podendo vendê-lo, alugá-lo e castigá-lo. Com o senhor de terras isso não ocorria: o servo, enquanto pessoa, não era propriedade do senhor.

www.culturabrasil.pro.br/marx.htm

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O complexo regional do Centro-Sul é a região geoeconômica mais produtiva do país, tendo em vista que contém vários estados com diversos tipos de indústria, climas, relevo, etc. Encontram-se no Centro Sul os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Ainda pega a parte sul do Mato Grosso, o sudeste de Tocantins e a maior parte de Minas Gerais, com excessão do norte e nordeste deste estado.

Relevo
O relevo do Centro-Sul é bastante diversificado, caracterizado por vários planaltos, planícies e depressões. No leste da região encontram-se os planaltos e serras do Atlântico-leste-sudeste, também chamados de terras altas, pois grande parte de sua área tem elevadas altitudes, chegando a mais de 1000 metros. Nesses planaltos também existem escarpas, como a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira.


Serra da Mantiqueira

Em uma grande área do oeste e central da região é ocupada pelos planaltos e chapadas da bacia do Paraná, que foram formados por intensos derrames vulcânicos, deixando o solo bastante fértil.

Na parte central, que se extende desde o sul de Santa Catarina e vai até o norte de São Paulo encontramos as depressões periféridas da borda leste do rio Paraná. No sul do Mato Grosso e noroeste de Mato Grosso do Sul encontram-se as planícies do pantanal mato grossense. Na ponta norte, no estado de Goiás e sul de Tocantins temos a depressão causada pelo rio Araguaia. Logo abaixo também tem outra depressão formada pelo rio São Francisco, e no meio destas duas depressões encontram-se os planaltos e serras de Goiás-Minas, que tem um formato de triângulo, dividindo três grandes bacias hidrográficas, a Amazônico, a do Araguaia Tocantins e do Paraná.

Hidrografia
Dentro do Complexo regional do Centro-Sul encontram-se partes de grandes bacias hidrográficas: a do rio Paraná, a do rio São Francisco, e uma pequena parte da bacia do Araguaia-Tocantins.

Os rios do Paraná encontram-se em grande parte nos planaltos, onde o relevo è bastante acidentado, proporcionando as condições ideais para a construção de grandes usinas hidrelétricas, como é o caso da Usina de Itaipu. Ela é responsável por grande parte da produção da energia consumida no sul do Brasil, e também fornece energia para o Paraguai.

Uma parte do Rio São Francisco corta a região Centro-Sul, que também é bastante utilizado na produção de energia elétrica. Também é utilizado para irrigação, transporte de pessoas, cargas, etc. (veja mais detalhes sobre o rio São Francisco na página do Complexo Regional do Nordeste)

Clima
O clima na região geoeconômica do Centro-Sul é bastante diversificado, por várias razões: latitude e longitude (localização no planeta), marítima, massas de ar, grande ocupação humana (indústrias, poluição, etc), etc.

Na parte central da região encontra-se o clima denominado Tropical de Altitude, em razão das elevadas altitudes encontradas nesse local. As temperaturas são amenas durante o ano todo, com chuvas bastante concentradas no verão (Novembro-Fevereiro). Cobre parte dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espirito Santo, Rio de Janeiro e Paraná.

No sul do país, o clima Subtropical está presente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e a parte sul do Paraná. Este clima é caracterizado por ter as quatro estações bem definidas, pois as chuvas são muito bem distribuídas durante o ano todo. É também o clima que contém as menores temperaturas do Brasil, dando destaque para a serra catarinense, onde em algumas cidades a temperatura pode ser negativa (São Joaquim, Urubici, etc).

O clima que encobre boa parte do centro-sul é o Tropical, que se estende desde Mato Grosso do Sul até o sul de Tocantins, e com partes em Minas Gerais, Espirito Santo e São Paulo. É um clima quente, com altas temperaturas o ano todo. As chuvas estão presentes praticamente apenas no verão, deixando o inverno muito seco. Fatores que contribuem para essas condições são a continentalidade (não sofre tantas influências do oceano, como no clima subtropical), as grandes cidades, que com sua poluição acabam modificando as massas de ar, baixas altitudes.

http://www.infoescola.com/geografia/complexo-regional-do-centro-sul/

terça-feira, 16 de novembro de 2010

ESCRAVIDÃO

A história da escravidão no mundo é tão antiga quanto a da própria humanidade. Porém a forma mais comum de escravidão registrada historicamente tem origem a partir da relação de forças entre conquistadores e conquistados, com os primeiros impondo a condição servil aos segundos. Povos inteiros eram submetidos à servidão por terem sucumbido ao poder de um determinado conquistador.

No entanto, o tipo de escravidão que se deu nas Américas, logo após seu descobrimento por Cristóvão Colombo, em 1492, era praticamente inédita, baseada no subjugamento de uma raça, em razão da cor da pele.

No Brasil - como nos demais países do continente - havia os indígenas, formada por populações autóctones que, de início, foram utilizadas para o trabalho, tanto escravo quanto remunerado, por meio de transações de escambo. Porém, após o fortalecimento do lucrativo tráfico negreiro - que garantia grande acumulação de recursos à Metrópole -, a mão-de-obra indígena foi abandonada. Essas populações originárias de nosso continente passaram a ser simplesmente perseguidas e praticamente foram dizimadas.

A chegada de escravos da África teve início já nas primeiras décadas de colonização do Brasil. Um dos registros mais antigos do tráfico de escravos para nosso país data de 1533, no qual Pero de Góis pedia ao rei "17 peças de escravos". Poucos anos depois, em 1539, o donatário de Pernambuco na recente colônia, Duarte Coelho, solicitou ao rei de Portugal D. João III que fosse concedida permissão para "haver alguns escravos de Guiné (como eram chamados os africanos)". Porém o ciclo de exploração do pau-brasil - o primeiro comercialmente relevante da história do país - foi substancialmente viabilizado por mão-de-obra indígena.

http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?id=2852

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Araucária

  • Nome Científico: Araucaria angustifolia
  • Nome Popular: Pinheiro-do-paraná, Araucária, pinheiro-brasileiro, pinheiro-caiová, pinheiro-das-missões, pinheiro-são-josé, curi
  • Família: Araucariaceae
  • Divisão: Gimnospermae
  • Origem: Brasil
  • Ciclo de Vida: Perene

Árvore símbolo do estado do Paraná, a araucária é reconhecida pela sua beleza, função ecológica e utilidade para o homem. Apesar de todas estas qualidades, é uma espécie em extinção. Seu porte é bastante grande, chegando aos 50 metros de altura. Diferencia-se de outros pinheiros pela sua estrutura em candelabro e pelos seus saborosos pinhões.

Quando jovem, torna-se excelente árvore de natal. Sua estrutura de candelabro vai se formando vagarosamente com o tempo. Os indivíduos podem ser machos ou fêmeas, não sendo hermafroditas como muitos outros pinheiros. As fêmeas produzem pinhas que amadurecem lentamente e são compostas de numerosos pinhões. Os pinhões são sementes grandes e servem de alimento para diversas espécies, entre aves, animais selvagens e domésticos, inclusive o homem. Sua madeira presta-se para os mais diversos feitios, não sendo dura. Esta espécie é indicada para o reflorestamento de toda a região sul.

Inicialmente devem ser cultivadas à meia-sombra, para um rápido crescimento e lentamente deve ser exposta ao sol pleno, como em condições naturais de floresta. O pinheiro-do-paraná é uma árvore exigente, vegeta em solos fertéis e profundos e não se densenvolve bem em solos muito úmidos. Tolerante ao frio e às geadas. Multiplica-se por sementes.

http://www.jardineiro.net/br/banco/araucaria_angustifolia.php

Gimnospermas.

Gimnospermas

As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; esperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.

As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos comocones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.

Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos.


Araucárias, tipo de conífera.

Reprodução das gimnospermas

Vamos usar o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta.


Cones ou estróbilos

O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo.

Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático.

No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto.

Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião

Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta.

A semente pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.