terça-feira, 26 de outubro de 2010

Anfíbios

Anfíbios são animais de pele fina e úmida, na qual não ocorrem pêlos ou escamas externas. São animais que não incapazes de manter a temperatura de seu corpo constante por mecanismos externos, por isso são chamados animais de sangue frio ou pecilotérmicos.
A pele fina, rica em vasos sanguíneos e glândulas que possuem permite-lhes que a utilizem na respiração, absorção de água e defesa. Quando estão com "sede", os anfíbios encostam a região ventral de seu corpo na água e a absorvem pela pele. As glândulas em sua pele são de dois tipos: mucosas, que produzem muco e serosas, que produzem veneno. Todo o anfíbio produz substâncias tóxicas, mas existem espécies mais e menos tóxicas e os acidentes com humanos somente acontecerão se tais substâncias entrarem em contato com nossas mucosas ou sangue.
Podem ser aquáticos ou terrestres. As formas aquáticas respiram através de brânquias, através da pele ou através de pulmões. As terrestres respiram geralmente tanto através dos pulmões quanto pela pele. Alimentam-se de minhocas, insetos, aranhas, e de outros vertebrados como anfíbios e pequenos mamíferos.
Reproduzem-se através de ovos que originam uma larva e posteriormente um adulto através do processo de metamorfose. Seus ovos são depositados em locais úmidos ou na água, pois não possuem casca para protegê-los da dessecação. Existem exceções a essa regra, com ocorrência de muitos animais vivíparos. Em geral, não existe cuidado à prole dentre os anfíbios.
Atualmente são divididos em três grupos: os sapos, rãs e pererecas (Anura), as salamandras (Caudata) e as cecílias (Apoda).
Anfíbios são animais de pele fina e úmida, na qual não ocorrem pêlos ou escamas externas. São animais que não incapazes de manter a temperatura de seu corpo constante por mecanismos externos, por isso são chamados animais de sangue frio ou pecilotérmicos.



Anfíbios

Fósseis de Transição

Os Tetrápodes mais antigos foram descobertos na parte oriental da Gronelândia por uma expedição dinamarquesa, em 1929. Datam da última fase do período devoniano. Dois géneros concentraram a atenção dos investigadores da maior época dos tetrápodes – o Ichthyostega e o Acanthostega.



Figura 1 - Ichthyostega

Existe uma perspectiva ingénua da “escala da vida” que descreve a evolução dos vertebrados como uma série linear ascendente anfíbio – réptil – mamífero – ser humano. Os tetrápodes possuíram de certo um antepassado comum, mas os anfíbios modernos representam o término de um grande ramo, e não o começo de uma série.

Os primeiros répteis fossilizados têm quase a mesma idade que os primeiros anfíbios do grupo que terá dado origem a rãs e salamandras. Deste modo, em vez de uma escala do anfíbio ao réptil, tanto o registo fóssil como o estudo de vertebrados modernos sugerem uma ramificação inicial do tronco dos tetrápodes em dois membros principais – os Anfíbios e os Amniotas (répteis, aves e mamíferos).
O antepassado comum deste tronco tem sido tema investigação e desde há muito que tem sido considerado que o “elo” destes grupos de vertebrados corresponderia aos peixes Sarcopterígios.
Dois grupos de Sarcopterígios foram relativamente importantes na fauna do Devónico : os peixes pulmonados e os crossopterígios. Estes peixes apresentavam barbatanas lobadas.
Ao longo do processo evolutivo terão surgido seres vivos que apresentariam alterações nestas barbatanas lobadas, quer noutras estruturas do esqueleto destes peixes devónicos.


Figura 2

Na figura 2, podemos observar este conjunto de alterações, onde as barbatanas lobadas peitorais (nageoire pectorales) e pélvicas (nageoire pelviennes) terão estado na origem de membros dotados de patas e dedos, alterações do osso do maxilar (mâchoire), desaparecimento da barbatana caudal, alongamento do focinho (museau), com soldagem de alguns ossos, desaparecimento do óperculo ósseo que recobria as brânquias, assim bem como dos ossos que ligavam a cabeça à cintura escapular (ceinture scapulaire), isto é, dos ombros (épaules).

O Ichthyostega, apresenta características importantes na reconstituição deste puzzle do tronco dos tetrápodes, mas não é um “fóssil de transição”. Apresentava membros bem desenvolvidos possuindo 5 dedos nas patas dianteiras e sete nas traseiras, as quais eram posicionadas mais para nadar por entre a vegetação aquática dos pântanos onde viviam, do que para andar em terra, o que os tornava inaptos (em terra moviam-se como a foca) ao ambiente terrestre.

Peixes ósseos

Anatomia externa de um peixe teleósteo

As barbatanas são sustentadas por raios ósseos ou por vezes cartilagíneos.

As barbatanas impares incluem duas dorsais e uma anal, bem como barbatanacaudal simétrica.

A forma da barbatana caudal condiciona a forma de deslocação do animal: barbatanas arredondadas aumentam a capacidade de manobra mas geralmente a velocidade é baixa, enquanto barbatanas bifurcadas ou em forma de foice permitem grandes velocidades.

A barbatana dorsal tem suporte esquelético e varia grandemente de forma, de acordo com os hábitos do animal.

As barbatanas pares são as peitorais, logo atrás do opérculo, e as pélvicas. Cada barbatana tem o seu próprio conjunto de músculos, o que permite um movimento independente, aumentando a capacidade de manobra.

Ao contrário dos peixes cartilaginosos e devido à presença de bexiga natatória, os peixes ósseos não necessitam das barbatanas para se manterem a flutuar, usando-as apenas para manobrar na água.


Sistema Nervoso Central de uma carpa, mostrando um cérebro pequeno, à frente do qual se vêem lobos olfactivos muito desenvolvidos

Os peixes ósseos, tal como os cartilagíneos, apresentam uma fileira de poros ao longo do flanco, designada linha lateral. Esta imagem ao M.E.V. mostra um desses poros e pequenos pelos que dele saem, detectando os movimentos de água em volta do corpo do peixe

Sistema nervoso inclui um encéfalo distinto e órgãos dos sentidos desenvolvidos, nomeadamente:

  • Olhos - grandes, laterais e sem pálpebras, provavelmente apenas capazes de focar com precisão objectos próximos mas que percebem facilmente movimentos distantes, incluindo acima da superfície da água. A retina contém cones e bastonetes, o que permite visão a cores na maioria dos casos;

  • Ouvidos - com três canais semicirculares dispostos perpendicularmente uns aos outros (funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados superiores), permitem uma audição apurada, até porque o som se propaga bastante bem dentro de água. Muitos peixes comunicam entre si produzindo sons, seja esfregando partes do corpo entre si, seja com a bexiga natatória;

  • Narinas – localizadas na parte dorsal do focinho, comunicam com uma cavidade coberta de células sensíveis a moléculas dissolvidas na água;

  • Linha lateral – localizada longitudinalmente ao longo do flanco do animal, é composta por uma fileira de pequenos poros, em comunicação com um canal abaixo das escamas, onde se encontram mecanorreceptores. A eficácia deste sistema para detectar movimentos e vibrações por ele causadas na água permite a formação de cardumes, fundamental como estratégia de defesa destes animais.

    http://curlygirl.no.sapo.pt/osteites.htm

Peixes cartilaginosos.

O esqueleto dos peixes cartilaginosos é composto de cartilagem. Possuem mandíbulas móveis, são predadores e todos são marinhos. A pele destes peixes é rija, coberta por escamas placóides e glândulas mucosas, possuem várias nadadeiras. A boca é na região ventral, com muitos dentes. A narina termina em fundo cego, tendo apenas função olfativa. O coração é formado por duas câmaras: 1 átrio e 1 ventrículo. Respiram por brânquias, possuem ouvido, os rins são do tipo mesonéfrico, são ectotérmicos, a principal excreta nitrogenada é uréia. São dióicos, com fecundação interna.

, podendo ser ovíparos ou ovovivíparos.

Normalmente, os condríctes apresentam de 5 a 7 pares de fendas branquiais, dependendo do gênero e da espécie. As quimeras, ao invés de fendas branquiais, possuem opérculo (só tem um par de fendas branquiais). Possui uma cauda fina e longa (cauda heterocerca) e a nadadeira peitoral é muito desenvolvida. Esta nadadeira promove a natação através do movimento na forma de “remo”. As quimeras são encontradas a partir de 80 metros de profundidade.

Existem cerca de 900 espécies descritas de peixes cartilaginosos.
A presença da mandíbula permitiu que a alimentação destes animais fosse mais variada. Também houve alterações no comportamento sexual. Nos condríctes mais primitivos só existiam nadadeiras ímpares (caudal, anal e dorsal). Os mais evoluídos apresentam, além das ímpares, nadadeiras pares (peitoral e pélvica).

Nos tubarões, as fendas branquiais estão localizadas lateralmente. Nas raias, as brânquias se localizam na porção ventral do corpo

Esqueleto

O esqueleto é formado por tecido cartilaginoso, podendo ocorrer deposição de carbonato de cálcio, mas isso não significa ossificação. Possuem esqueleto axial (crânio e coluna vertebral) e apendicular (nadadeiras).

Não existem suturas no crânio, ou seja, ele é inteiriço. A caixa craniana é uma peça cartilaginosa única.

A notocorda não foi totalmente substituída pela coluna vertebral, estando presentes resquícios entre uma vértebra e outro.

Respiração

A respiração é branquial. A água entra pela boca e passa pelas brânquias, que são formadas por vários filamentos delgados e paralelos, que contém vários capilares, onde ocorrem as trocas gasosas.

Reprodução

São animais dióicos. O órgão copulador é chamado clásper, e se encontra na face interna da nadadeira pélvica. É um órgão rígido que é introduzido na cloaca da fêmea. Após ter sido fecundado, o óvulo passa para o oviduto e é envolvido por albúmen. No final do oviduto o ovo é recoberto pela casca.

Todos os condríctes possuem fecundação interna. Existem espécies ovíparas, ovovivíparas e vivíparas.

http://www.infoescola.com/biologia/peixes-cartilaginosos-classe-chondrichthyes/

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Cordados

A divisão sistemática dos cordados é considerada a mais importante, devido ao fato de compreender os animais superiores, entre os quais o homem.
Os cordados constituem um grande filo do reino animal que abrange os vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos) e um pequeno grupo de animais marinhos denominados protocordados. Diferenciam-se de todos os outros grupos animais por possuírem, pelo menos em alguma fase da vida, notocorda, tubo nervoso dorsal e fendas branquiais faringianas. A notocorda é um bastão gelatinoso, sempre presente nos embriões jovens, que se estende, dorsalmente, ao longo do eixo longitudinal mediano do corpo. Nos vertebrados, em torno dele desenvolvem-se as vértebras. O tubo nervoso dorsal forma o sistema nervoso dos cordados. Nos vertebrados, esse tubo dilata-se na porção anterior originando o cérebro; o restante desenvolve-se de modo a formar a medula vertebral. As fendas branquiais faringianas são sulcos que aparecem na faringe de todos os cordados. Nos protocordados e peixes, esses sulcos abrem-se, formando fendas que, no caso dos primeiros, servem para filtrar a água e retirar dela o alimento, enquanto que nos peixes servem à respiração. Nos anfíbios vertebrados tipicamente terrestres (répteis, aves e mamíferos), as fendas faringianas desaparecem no animal adulto.

Classificação: O filo dos cordados divide-se, segundo os autores modernos, em três subfilos: urocordados, cefalocordados e vertebrados.
Todos os urocordados são marinhos e a maioria dos adultos tem vida sedentária. O corpo tem aspecto de um saco, cujas paredes são constituídas pelo manto, que secreta tunicina, substância semelhante à celulose que não ocorre em nenhum outro animal. O corpo tem apenas duas saliências, onde se abrem a boca e outro orifício, o antrióporo. Certas espécies formam colônias de indivíduos interdependentes, situação que não ocorre em nenhum outro grupo de cordados, e outras reproduzem-se no estado larval.
Os cefalocordados (ou acrânios) são representados pelo anfioxo, pequeno cordado marinho de corpo semitransparente e achatado lateralmente, como o dos peixes. Uma nadadeira contínua passa-lhe pela linha mediana dorsal e ventral, dilatando-se, na parte posterior, para formar uma nadadeira caudal; só na parte anterior ventral é que a nadadeira se bifurca. A notocorda e o tubo neural percorrem-lhe todo o dorso do corpo. Uma coroa de cílios e cirros que contorna a boca movimenta a água para dentro do tubo digestivo. A faringe é perfurada por 26 pares de fendas branquiais e continua num intestino fino e reto. Os cefalocordados ajudam muito a compreender a transição entre vertebrados e invertebrados, tanto pela anatomia de adulto como pela embriologia.
O subfilo dos vertebrados caracteriza-se por ter (1) pelo menos vestígios de uma coluna vertebral que se desenvolve, no embrião, em torno da notocorda e do canal neural; (2) uma cabeça distinta, que contém um crânio fibroso, cartilaginoso ou ósseo, um encéfalo e órgãos dos sentidos; e (3) um coração musculoso. Os vertebrados, como os cefalocordados, têm no embrião uma estrutura formada por segmentos que se repetem ao longo do corpo e dão uma constituição repetitiva a certos órgãos, como as vértebras, pares de músculos intercostais, pares de nervos cranianos etc.
Os vertebrados compreendem a superclasse dos ágnatos (à qual pertence a ordem dos ciclóstomos, ou lampreias), a dos peixes (que têm nadadeiras, mas não têm membros) e a dos tetrápodes (com dois pares de membros), esta composta das classes dos anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

Equinodermos.




O ouriço-do-mar pertence à classe Echinoidea dos equinodermos

São conhecidas aproximadamente 6000 espécies pertencentes ao filo Echinodermata. Esses animais de epiderme e esqueleto interno calcários são triblásticos, celomados, sem metameria e deuterostômios, podendo apresentar espinhos. De hábito exclusivamente marinho, podem viver livres ou presos por pendúnculo, na região bentônica. No estágio larval, possuem simetria bilateral e, quando adultos, simetria radial.

O sistema hidrovascular (ou ambulacral), uma característica peculiar do filo, desempenha funções de locomoção, fixação e captura de alimentos. Além disso, auxilia na respiração e excreção. Ele consiste em canais cheios de água marinha, que penetram no corpo por uma placa perfurada denominada madreporito, e se comunicam com os pés ambulacrais, presentes na superfície do corpo. A pressão exercida na água pelos pés ambulacrais permite a locomoção, fixação e captura de alimentos destes animais.

O sistema digestório é completo, com digestão extracelular. O sistema circulatório pode ser ausente ou reduzido, dependendo da espécie, sendo as substâncias predominantemente distribuídas via celoma.

O sistema respiratório pode ser reduzido ou ausente. No primeiro caso, a respiração é branquial. Não há sistema excretor: as excreções são lançadas diretamente no sistema hidrovascular.

O sistema nervoso é composto por um anel nervoso que circunda a boca, local onde estão os nervos radiais. Podem existir olhos simples, células táteis e olfativas.

A reprodução é sexuada. Os animais, dioicos, liberam os gametas na água. Após a fecundação, há o desenvolvimento de um ou mais tipos de larva, até que atinjam a idade adulta. Possuem excelente capacidade de regeneração.

Este filo possui duas classes e algumas subclasses:

CLASSE STELLEROIDEA: Compreende os indivíduos que apresentam corpo com braços.

Subclasse Asteroidea:

Representada pelas estrelas-do-mar, habitantes de costas marinhas, praias e rochas. Possuem, geralmente, cinco braços, sendo que estes não partem de um disco central. São carnívoras e necrófagas.

Subclasse Ophiuroidea:


Representada pelas serpentes-do-mar: animais noturnos que, durante o dia, se enterram no substrato ou se escondem sob pedras ou plantas. São parecidos com as estrelas-do-mar, mas seus braços são mais longos, esguios e articulados, e partem do disco central. São raspadores e necrófagos

CLASSE HOLOTHUROIDEA

Representada pelos pepinos-do-mar, indivíduos de corpo alongado e mole, em razão da ausência de carapaça. Vivem, geralmente, enterrados. São comensais e parasitas de algumas espécies de anelídeos, caranguejos e peixes.

CLASSE ECHINOIDEA

Animais de corpo arredondado, sem braços, com espinhos móveis e delgados: bolacha-de-praia e ouriço-do-mar. Os primeiros se alimentam de partículas orgânicas; os ouriços, de plantas marinhas e partículas orgânicas, e vivem em fendas de rochas circundadas pela água do mar. Possuem menor capacidade de regeneração.

CLASSE CRINOIDEA

Representada pelos lírios-do-mar, animais de braços ramificados e bastante brilhantes. Vivem em locais mais profundos, inclusive na região abissal, fixados por pedúnculo ao solo ou a recifes. Alimentam-se de plâncton microscópico e detritos.

Artrópodes.

Os artrópodes agrupam mais de 800 mil espécies, quantidade que supera todos os demais filos reunidos. São adaptáveis em diferentes ambientes, tem uma grande capacidade de reprodução, é muito eficiente em suas funções naturais e no caso das abelhas, formigas e cupins tem uma perfeita organização social.

Os artrópodes são invertebrados que possuem patas articuladas, tem uma carapaça protetora externa, que é o seu esqueleto.

Ao crescer, eles fazem a muda que nada mais é do que abandonar o esqueleto velho e pequeno e fabricar outro, novo e maior. Este fenômeno ocorre várias vezes para que o animal possa chegar a fase adulta.

Os artrópodes, no entanto, não possuem apenas patas articuladas, mas sim todas as suas e extremidades, como as antenas e as peças bucais. Os seus membros inferiores são formados por partes que se articulam, ou seja, que se movimentam umas em relação às outras: os seus pés se articulam com suas pernas, que se articulam também com suas coxas, que também se articulam com os ossos do quadril.

CLASSIFICAÇÃO DOS ARTRÓPODES: Os artrópodes podem ser classificados em cinco classes principais, usando como critério o número de patas.

Nº de patas

Classe
Exemplos

6

Insetos

Barata, Mosquito

8

Aracnídios

Aranha, escorpião

10

Crustáceos

Camarão, Siri

1 par por seguimento.

Quilópodes

Lacraia

2 par por seguimento.

Diplópodes

Piolho de cobra