Na Idade Média, estes produtos tinham já uma larga difusão, apesar de serem raros e por isso muito dispendiosos. Aliás, a preciosidade e raridade das especiarias fazia aumentar a procura por parte dos mercadores, uma vez que o seu comércio lhes trazia avultados lucros.
Na África, os mercadores encontravam a pimenta vermelha, também chamada malagueta, na Gâmbia e no Golfo da Guiné. Nesta última região havia igualmente uma variedade da pimenta preta indiana. Na Ásia havia, sobretudo, cinco tipos de especiarias: a pimenta, o gengibre, a canela, o cravo e a noz moscada, provenientes da costa de Malabar (costa ocidental) na Índia, através do entreposto de Calecute; de Ceilão, do Noroeste de Sumatra (Aceh), das ilhas Comores (estas na África Oriental); das ilhas da Banda (Java, por exemplo, ou Balí) e do arquipélago das Molucas. Curiosamente, todos estes lugares foram "descobertos" e controlados pelos portugueses durante o período da sua expansão marítima, proporcionando uma das suas maiores riquezas. Na verdade, este monopólio das especiarias africanas e, sobretudo, das asiáticas, rendia à coroa portuguesa à volta de 89% de lucro líquido, o que justificava o esforço e as despesas com este comércio marítimo asiático no século XVI.
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